LEVANTAMENTO APONTA RECORDE EM SAFRA DE GRÃOS PARA 2021
EM DADOS DIVULGADOS PELO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE), A SAFRA NACIONAL DEVE ATINGIR O PATAMAR DE 9,0 MILHÕES DE TONELADAS NESTE ANO, APRESENTANDO UM ACRÉSCIMO EM RELAÇÃO AO ANO ANTERIOR
D e acordo com estatísticas do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), a safra nacional de grãos deve ficar acima de 9,0 milhões de toneladas em 2021, apresentando um crescimento de 3,5% em relação ao ano passado, o que significa um novo recorde na série histórica da pesquisa que iniciou em 1970. De acordo com a estimativa feita em fevereiro, o total de cereais, leguminosas e oleaginosas deve atingir 263,1 milhões de toneladas.
Comparando os dois primeiros meses do ano, a soja apresentou um crescimento de 0,1%, que, apesar de tímido, mostra um saldo positivo que deve culminar com o recorde de 130,4 milhões de toneladas ao final do ano. Já o milho declinou -0,2% na comparação, mas não deve preocupar, uma vez que segue batendo recordes em relação aos anos anteriores e deve chegar a 103,5 milhões de toneladas.
Dessa forma, apesar da estiagem ter atrasado um pouco o plantio da soja, a volta das chuvas no mês de dezembro contribuiu para as lavouras se recuperarem, como a demanda segue alta, as expectativas são de um bom ano. Os produtores, inclusive, têm aumentado suas áreas de plantio. Em relação ao ano de 2020, a soja deve ter uma produção superior de 7,3%, com o aumento de 3,1% na área de colheita, e o milho 0,3% maior, com 3,4% na área que será colhida. A única preocupação no momento são as condições climáticas, que podem ocasionar um atraso na colheita e, assim, comprometer a qualidade do grão.
Apesar disso, as estimativas caminham para um bom saldo ao final de 2021. Além do milho e da soja, outras produções também apresentaram um aumento, entre elas o trigo, com 965,8 mil toneladas, o café canephora, com 98,1 mil, a cevada, com 32,9 mil, a aveia, com 21,3 mil e o café arábica, com 30,6 mil. Em porcentagem, cada um deles representa 16,8%,12,1%,9,0%,2,2% e 1,6%, respectivamente.
SALDO NEGATIVO EM ALGUMAS PRODUÇÕES
Porém, não existem apenas os saldos positivos no levantamento feito pelo LSPA e alguns declínios também são esperados, entre eles na produção do arroz, com 8,8 mil, da 3ª do feijão, com 810 toneladas, 2ª safra do feijão, com 8,6 mil toneladas, o tomate, com 46 mil toneladas, da 1ª safra do milho, com 441,3 mil toneladas, e da 1ª safra do feijão, com 46,8 mil toneladas. Em porcentagem, eles representam -0,1% , -0,1%, -0,7%, -1,2%, -1,7% e -3,6%, respectivamente.
Por região, o Sul e o Nordeste aumentaram suas estimativas em 14,1% e 0,9%, respectivamente. Já o Centro-Oeste, maior região produtora do país, que responde por 45,8% da safra nacional, teve decréscimo em sua estimativa (-0,9%), bem como o Sudeste (-0,6%) e o Norte (-2,2%).
SAFRA DE ARROZ DEVE SER SUFICIENTE
Ainda de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção de arroz deverá finalizar o ano de 2021 com 11 milhões de toneladas, valor que representa uma queda de 0,7% em relação a 2020.
Responsável por grande parte da produção nacional, o Rio Grande do Sul deve produzir 7,6 toneladas, resultando em uma queda de 2,1% em relação a 2020. Mesmo que exista um declínio quando comparado ao ano anterior, a expectativa é que a produção seja suficiente para manter o mercado interno, ainda não se sabe como ficará a questão do valores, mas, no final do ano passado, o governo federal facilitou a importação de arroz com o objetivo de aliviar os preços internos.
Apesar de um ano incerto, principalmente na economia, os dados apresentados no levantamento mostram um caminho que pode trazer bons resultados ao final do ano e trazer mais um recorde para a produção nacional.
Fonte: IBGE