DADOS DA FGV MOSTRAM PERSPECTIVAS PARA O MERCADO DE TRABALHO
Indicadores apresentados pela Fundação Getúlio Vargas, apresentam instabilidade do mercado com a continuidade da pandemia.
De acordo com dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) apresentou queda de 5,8 pontos em março de 2021, fechando o mês em 77,1 pontos, o menor nível desde agosto de 2020, quando chegou a 74,8 pontos. O IAEmp é relacionado ao nível de emprego no país e pode prever os caminhos do mercado de trabalho, sendo calculado a partir de uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor.
Em março de 2020, o IAEmp marcou 82,6 pontos, até atingir a variação de 5,5 pontos um ano depois. O Brasil já tinha apresentado indicadores menores entre os meses de abril e julho do ano passado, mas a partir de setembro vinha registrando uma melhora com uma média de 83,9, até cair novamente em março deste ano. O principal fator foi o agravamento da pandemia do coronavírus e a incerteza frente aos próximos meses.
Além do Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) também registrou uma queda, caindo 0,2 pontos para 99,1 pontos. O ICD se assemelha a taxa de desemprego, de forma que quanto menor o número, melhor é o resultado. Ou seja, quanto maior for o desemprego, maior vai ser o ICD, e vice-versa.
Segundo as pesquisas, a queda do ICD foi ocasionada pelas duas classes de maior renda familiar, com renda superior a R$ 9.600 e R$ 4.800 a R$ 9.600, que apresentaram indicadores de Emprego Local Atual (invertido) com queda de 2,6 e 0,6 pontos, respectivamente.