CENÁRIO ECONÔMICO CONTRIBUI PARA RECUO NA CONFIANÇA DO CONSUMIDOR
Dados divulgados pela FGV IBRE mostram que o ICC atingiu o menor valor desde abril deste ano
A inflação elevada, o maior endividamento das famílias de baixa renda e política monetária restritiva são alguns dos fatores que contribuíram para a queda da confiança do consumidor no mês de novembro. Mesmo com o avanço da vacinação, e a volta das pessoas às ruas, os efeitos da pandemia seguem dificultando a retomada econômica. De acordo com a FGV IBRE, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) caiu 1,4 ponto no mês anterior, ficando em 74,9
pontos, menor valor desde abril (72,5).
Em médias móveis trimestrais, o índice se manteve em queda ao cair -2,3 pontos para 75,5 pontos, sendo o terceiro mês consecutivo de queda. O índice foi influenciado tanto pelo Índice da Situação Atual (ISA), que analisa o presente, como pelo Índice de Expectativas (IE), que avalia o futuro. O primeiro caiu 2,1 pontos, chegando a 66,9 pontos, e o segundo recuou 1 ponto, chegando a 81,4 pontos.
A avaliação dos consumidores sobre a situação atual foi influenciada pela situação econômica do país e das finanças familiares. O indicador que mede a percepção
sobre a situação econômica teve um recuo de 2,3 pontos e o que mede a satisfação sobre as finanças pessoais caiu 1,7 pontos. Chegando a 72,5 e 62,1 pontos, respectivamente, ambos atingiram patamares muito abaixo do analisado
historicamente.
Em relação à expectativa para os próximos meses, O IE sofreu grande influência do indicador que mede a percepção sobre a situação financeira familiar, que recuou 3,5 pontos, para 80,0 pontos, eliminando a recuperação acumulada no
mês anterior, quando o indicador tinha avançado 3,8 pontos.
Os dados divulgados foram coletados entre os dias 01 e 22 de novembro, com levantamento de informações em 1510 domicílios. Uma nova pesquisa deverá ser divulgada no dia 22 de dezembro de 2021.