Código 2D começa a dar seus primeiros passos na cadeia de abastecimento

O código de barras é um dos elementos mais importantes da cadeia de abastecimento, cujo advento trouxe organização, agilidade, padronização e eficiência para as movimentações e vendas de mercadorias. No Brasil, essa tecnologia começou a ser utilizada em 1985, trazendo uma nova dinâmica para a indústria e o varejo, e atualmente há vários tipos de códigos, sendo o mais comum o GTIN (Número Global de Item Comercial). No universo da tecnologia, no entanto, nada é estático e as inovações dos últimos anos viabilizaram o surgimento do Código 2D, cujo padrão já está disponível para o mercado e promete trazer novas possibilidades e benefícios para os supermercados e seus fornecedores.

O Código 2D, como o próprio nome diz, é um código bidimensional, que permite abrigar uma quantidade bem superior de informações dos produtos, em comparação ao GTIN, e que podem ser acessadas facilmente por meio de um smartphone. Existem algumas variáveis do Código 2D, porém, o mais conhecido no mercado é o QR Code. Ele utiliza ambas as dimensões, horizontal e vertical, para codificar os dados em uma pequena área. Já o código de barras tradicional é linear, formado por linhas e espaços paralelos, e trabalha com informações somente na dimensão horizontal.

Dentre as informações que podem estar contidas dentro do Código 2D, por exemplo, estão a data de validade e o número de lote, dois dados fundamentais para evitar perdas e para favorecer a rastreabilidade dos produtos. “Este novo código traz grandes benefícios para o gerenciamento de estoque dos supermercados”, analisa a gerente de Desenvolvimento Setorial da Associação Brasileira de Automação (GS1 Brasil), Ana Paula Maniero. “Com a clareza sobre a validade dos produtos, o varejista tem condições de saber quais itens devem ter a sua movimentação priorizada e até bloquear a passagem de um item vencido pelo check-out.”

A especialista ainda pontua que as marcas poderão utilizá-lo para a comunicação e engajamento dos consumidores, dentro do conceito de embalagem estendida, proporcionando uma experiência de compra mais agregadora. Conforme explicou, os consumidores passarão a ter acesso, de forma muito rápida, aos dados contidos nestes códigos, que também podem abrigar informações sobre os ingredientes, calorias, tabela nutricional e até receitas e promoções. O código de barras tradicional limita essas informações, porque só traz as características do produto, como peso e altura, por exemplo.

“Quando a gente fala de automação, estamos falando de tornar uma codificação mais moderna e interoperável. E essa codificação deve ser lida e interpretada por toda a cadeia de abastecimento. A tecnologia do Código 2D já está disponível e para que toda a cadeia usufrua dos seus benefícios e possibilidades é preciso que as empresas de todos os elos adotem este padrão”, enfatiza a especialista da GS1 Brasil.

Quem já está usando?

A utilização do Código 2D na produção e venda de bens de consumo se encontra em estágio embrionário no Brasil, ainda em um caráter de tendência, mas já começaram a surgir os primeiros exemplos de quem está se preparando para usufruir desta tecnologia. Um deles vem do Ceará, onde a tradicional rede Supermercado Pinheiro implementou o Código 2D nos produtos processados em suas lojas. Para isso, naturalmente, adaptou seu sistema e adquiriu leitores capazes de ler o QR Code estampado nas embalagens.

“O objetivo foi ter mais controle da operação, dos produtos processados em nossas lojas, e melhorar a experiência do cliente”, declarou o diretor executivo, Alexandre Pinheiro. “Além de nos ajudar na operação, tendo o controle de validade e estoque, para o cliente, ele pode acessar receitas e ser redirecionado para outras páginas. E evita que o consumidor leve um produto vencido. Isso traz segurança para o cliente e para o supermercado.”

Ao longo de fevereiro de 2022, todos os fornecedores de FLV que utilizam a solução Paripassu junto ao Programa de Rastreabilidade e Monitoramento de Alimentos da ABRAS, o RAMA, terão adotado o padrão 2D em seus produtos embalados. O grande objetivo é possibilitar o uso inteligente das informações que ajudam na gestão da qualidade dos alimentos, utilizando a informação do número do lote, EAN e a data de validade do item.

“Este padrão agregará melhor controle na gestão de estoque das empresas, facilitando o conhecimento e a visualização dos itens que devem ser priorizados para abastecerem as gôndolas”, explica o CEO da PariPassu, Giampaolo Buso. Outro ponto relevante na associação da data de validade ao código, é que o sistema do PDV da loja, quando devidamente adaptado para ler o 2D, poderá alertar o operador do check-out caso algum produto escaneado esteja vencido, impedindo a sua saída da loja.”

A respeito da inclusão do lote do produto no padrão Digital Link, ele esclarece que isso facilitará a localização destes itens ao longo do seu trânsito na cadeia. “E caso surja a necessidade de um eventual recall, isso também ajudará a identificar mais rapidamente os locais de venda dos produtos, caso seja necessária sua retirada”, complementa Buso. “O que buscamos é ganho em eficiência para a cadeia produtiva, em especial para os alimentos perecíveis, ao longo das diversas etapas, do campo à mesa, para entregar valor ao cliente final.”

Passos para a adaptação

A leitura do Código 2D requer um scanner baseado em imagem para leitura. Os scanners a laser tradicionais não são compatíveis para esse formato. Também existem diversos aplicativos para smartphones capazes de realizar a leitura desses códigos por meio da câmera fotográfica. Os sistemas de gestão do varejo (ERP e PDV) também precisarão ser atualizados para comportar e processar as informações provenientes da leitura do Código 2D. “Nós já estamos falando com as grandes fornecedoras de ERPs e eles já estão alterando seus sistemas para que tenham a capacidade de ler e interpretar as informações”, conta Ana Paula Maniero, da GS1 Brasil.

As diferenças entre os códigos 1D e 2D

Códigos 1D

– São lineares, formados por linhas e espaços paralelos.

– Trabalham com informações na dimensão horizontal.

– A maioria contém apenas um GTIN.

Códigos 2D

– Formados por espaços escuros e claros em uma grade, como um tabuleiro de xadrez.

– Trabalham com informações em ambas as dimensões: horizontal e vertical.

– São menores que os códigos 1D, mas carregam mais dados, já que a quantidade de espaços é maior.

– Melhor acessibilidade de leitura.

10 benefícios do Código 2D

– Mais informações codificadas em menos espaço.

– Melhor controle sobre os lotes de produtos.

– Menos problema​s com códigos parcialmente destruídos.

– Melhor experiência ao consumidor.

– Velocidade de digitalização superior em relação ao EAN-13 (GTIN).

– Performance de leitura melhor.

– Auxilia na gestão de estoque.

– Traz mais acuracidade aos inventários.

– Favorece a rastreabilidade e a visão da origem do produto.

– Suporte para a prevenção de perdas.

Fonte: SuperHiper

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