Preços dos combustíveis ganham pressão extra com guerra na Ucrânia
No Brasil, a disparada da commodity nos últimos dias, quando chegou a ultrapassar os US$ 105, pegou a Petrobras com seus preços inalterados havia 47 dias
A guerra na Ucrânia, do outro lado do mundo, deve chegar ao Brasil na forma de alta dos preços dos combustíveis. Entre especialistas, há quem aposte que o barril do petróleo, usado como matéria-prima para produzir gasolina e diesel, vai ultrapassar a cotação recorde de US$ 147,50 por barril, de 2008, um pouco antes da falência do banco Lehman Brothers.
No Brasil, a disparada da commodity nos últimos dias, quando chegou a ultrapassar os US$ 105, pegou a Petrobras com seus preços inalterados havia 47 dias. O último reajuste foi em 12 de janeiro. A empresa disse, na semana passada, que a valorização do real frente ao dólar contrabalançava a alta do barril e ajudava a segurar os preços dos combustíveis. Com isso, ganharia tempo para avaliar se as mudanças trazidas pela guerra seriam estruturais e permaneceriam por um longo prazo, o que justificaria novos aumentos, ou se eram eventos pontuais. Com a guerra, o dólar voltou a se valorizar sobre o real.
Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a defasagem entre a Petrobras e as principais bolsas de negociação já chega a 11%, no caso da gasolina, e a 12%, no diesel.
Fonte: Exame.com