Pagamento por aproximação, biometria e Pix: os novos comportamentos do brasileiro
Se em um primeiro momento, o contactless foi impulsionado pelos hábitos sanitários da pandemia (o de pagar sem tocar a máquina do cartão), hoje a comodidade é a pricipal explicação para a mudança de comportamento.
“A facilidade do uso é o ponto mais sensível para o cliente, e o próprio varejo já se adaptou para fornecer essa opção na hora da compra”, explicou Estanislau Bassols, presidente da Mastercard Brasil, em conferência com jornalistas.
Além do pagamento por aproximação, o levantamento mostrou que as transações digitais, como os pagamentos instantâneos e por QR Code ganharam espaço de forma relevante no último ano. A pesquisa não cita em específico o Pix, pois essa é uma tecnologia de identidade brasileira, e os dados foram coletados de forma mundial.
Mas Bassols lembra que dois terços da população já usa ferramentas digitais em transações financeiras, e que, quando incluído o Pix, esse total vai para 75%, de acordo com dados do Banco Central.
Segurança é preocupação principal
A pesquisa também mostrou que a segurança é um ponto sensível para os brasileiros — mais da metade dos entrevistados disse que escolhe como pagar de acordo com o nível de proteção da ferramenta financeira utilizada.
O aumento do número de fraudes e crimes utilizando ferramentas financeiras, em especial às mais novas, como o Pix e os cartões com a tecnologia NFC (que permitem pagar valores menores sem o uso de senha) preocupam os consumidores.
Questionado como a indústria de pagamentos tem endereçado essas preocupações, o executivo da Mastercard citou, por exemplo, o crescimento das carteiras digitais, que também podem ser usadas em pagamentos por aproximação, mas que requerem uma senha ou uma identificação biométrica para serem acessadas.
“A chamada ‘tokenização’ é um dos elementos mais relevantes para que o cliente continue a fazer transações digitais de forma segura”, explicou Bassols.
O levantamento da Mastercard apontou que a carteira digital foi utilizada por 43% dos respondentes, e que o uso dessa ferramenta cresceu 56% no último ano.