AmPm foca na qualificação da operação e revitalização das lojas
Rodrigo Rabello, diretor de operações da empresa, comenta sobre os próximos passos da companhia
A AmPm vem se destacando, cada vez mais, como uma loja com conceito de proximidade. Além das habituais lojas de conveniência nos postos da bandeira Ipiranga, empresa franqueadora da rede, a AmPm já inaugurou oito lojas fora dos postos de abastecimento. São mais de 1800 lojas em todo país, entre franquias e lojas próprias, com quase 900 padarias.
Rodrigo Rabello, diretor de operações da AmPm, destacou, em entrevista à SuperVarejo, como a rede está passando por um processo de revitalização e construção da nova plataforma de marca, com o desenvolvimento de soluções digitais e a transformação do negócio em omnichannel.
Visando a qualificação de sua operação, a bandeira de loja de proximidade lançou sua própria universidade corporativa, pretendendo aumentar a rentabilidade do negócio do franqueado. “A gente lançou programas de incentivo para a excelência da execução, com benefício para o franqueado qualificar o negócio e potencializar sua rentabilidade”, comenta Rabello.
O diretor de operações comentou, também, sobre as estratégias da rede para aumentar seu protagonismo. Antigamente a rede era instalada em um pequeno espaço, nos postos de gasolina, e hoje estão trabalhando na melhoria da fachada e no layout das lojas. “A loja de conveniência do passado tinha pouca oferta, o cliente comprava um ou dois itens e ia embora. Hoje levamos mais protagonismo para essa loja. O mercado de proximidade traz uma tendência para o consumidor sair da casa dele, ou da onde ele está trabalhando, para encontrar o que ele precisa”, conclui o executivo.
Atualização da jornada de compra
Em 2020, durante a pandemia, a AmPm começou a trabalhar na revitalização de suas lojas e no fortalecimento do seu modelo de conveniência no Brasil. Atualmente, cerca de 25% das lojas da rede estão adaptadas no novo conceito, e essa ação se intensificará nos próximos anos. Além do novo layout, mudanças como mix de produtos e a jornada de compra do cliente foram atualizados para atrair ainda mais o consumidor.
“Antigamente, você entrava na loja e a primeira coisa que via era a parte de cigarros, o que tornava a circulação limitada. Hoje, fazemos um jogo de sedução, para o cliente passar primeiros por itens de compra por impulso, nos itens de mercearia e apenas depois desse circuito ele chegará no cigarro. A mercearia é o que ganha maior atividade e dá um salto de 6% para 25% no negócio. Aumentamos a quantidade de clientes que entram nas lojas, aumentamos o quanto ele gasta e ele coloca mais itens na cesta. Uma loja de conveniência com modelo antigo colocava na sacola 2,2 itens por compra, hoje ele está indo para 3”, explica o diretor de operações.
Para facilitar a compra, a AmPm também oferece experiência omnichannel. Além das lojas físicas, a rede faz entregas via delivery e oferece pagamentos por meio digitais, como o Abastece Aí. De acordo com Rabello, há lojas que chegaram em 30% de faturamento apenas no delivery.
