SEBRAE PARAÍBA PLANEJA ATENDER MAIS DE 40 MIL NEGÓCIOS EM 2022
A meta representa um aumento de 63% em relação aos atendimentos registrados no ano anterior
O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), anunciou em seu site oficial que pretende ampliar a cobertura de atendimento aos pequenos empreendedores paraibanos em 2022. Com o objetivo de estimular a retomada econômica, a entidade planeja atender mais de 40 mil negócios este ano, através das 11 agências regionais em atividade. A meta representa um aumento de 63% em relação aos atendimentos registrados no ano anterior.
Dentro do cronograma, os atendimentos da instituição serão realizados tanto presencialmente como através dos meios digitais, com foco em soluções de inovação. Entre os modelos disponibilizados, os empreendedores poderão encontrar desde serviços de mentorias mais simples até as mais complexas. Os atendimentos serão focados nas necessidades específicas de cada empreendedor, potencializando os negócios ajudados.
Outro objetivo diz respeito à expectativa de atendimento de clientes por meio de serviços e estratégias digitais de relacionamento. De acordo com a notícia divulgada, a previsão é de atender 61.500 clientes por meio de oferta dos serviços digitais do Sebrae. No ano anterior, foram atendidos 51.188 clientes nesta modalidade. As metas, previstas no plano anual da instituição, foram elaboradas com base em dados e observações dos cenários atuais e futuros.
O plano anual traz, também, as principais oportunidades estratégicas para a Paraíba, cujo mapeamento decorreu das temáticas que vêm sendo trabalhadas ao longo dos anos no estado. Neste sentido, foram apontadas oito oportunidades estratégicas de negócios para o estado: matriz energética sustentável (energia renovável), construção civil, negócios inovadores e startups, integração ao comércio eletrônico, adensamento da cadeia agropecuária à indústria, LGPD, ambiente de negócios pautado na desburocratização e serviços da cadeia de turismo de experiência.
Importância da capacitação para micro e pequenos empreendedores Abrir um negócio pode ser um sonho para muitas pessoas, mas é preciso de bastante trabalho para torná-lo real. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 48% das empresas brasileiras fecham em até três
anos, dado que é preocupante para as pessoas que planejam iniciar a própria empresa. O principal motivo para os negócios não durarem no mercado está ligado à falta de gestão eficiente.
Segundo a pesquisa, 25% dos empreendedores alegam que as empresas fecharam por falta de gestão, levando à falência. Apesar da porcentagem, este não é o primeiro motivo, ficando atrás de altos impostos (31%), pouca demanda e alta competitividade (29%) e dificuldade para arrecadar linha de crédito (25%).
Ao analisar os dados, torna-se cada vez mais urgente que as empresas busquem mais capacitação e conhecimento para gerenciar os negócios, construindo uma boa base para dar sustentação ao empreendimento mesmo em tempos mais difíceis.
Desafio para microempreendedores
De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o setor de microempreendedores individuais (MEI) é o que apresenta maior taxa de mortalidade em até cinco anos. A pesquisa Sobrevivência de Empresa, realizada em 2020, mostrou que a taxa de mortalidade é de 29%, enquanto as microempresas possuem 21,6% e as de pequeno porte de 17%.
Um período que foi determinante para esses números foi o da pandemia. Diante da instabilidade econômica, muitas empresas tiveram dificuldades de permanecer em funcionamento. Na Paraíba, 2,7%
dos empreendedores fecharam suas empresas durante o ano de 2020, enquanto 45,2% interromperam o funcionamento temporariamente. Além disso, 48,7% dos empresários paraibanos mudaram a forma de funcionamento do negócio durante a crise. Os dados são da quarta edição do levantamento “O Impacto da Pandemia de Coronavírus nos Pequenos Negócios”, do Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Para o Sebrae, quanto menor o porte da empresa, mais difícil obter crédito para manter o capital de giro e conseguir superar obstáculos como os causados pela pandemia de covid-19. Mais de 40% dos entrevistados citaram como causa do encerramento da empresa a pandemia. Para 22%, a falta de capital de giro foi primordial para o fechamento do negócio. A pesquisa também detectou que 20% dos antigos empresários reclamaram do baixo volume de vendas e da falta de clientes.
Com todas as informações, a iniciativa do Sebrae em oferecer mais atendimentos para os micro e pequenos empreendedores deve ser crucial para o desenvolvimento de negócios no estado da Paraíba e promover maior crescimento econômico para o estado.