Englobar todos os meios de pagamento contribui para a fidelização do cliente e diminui a taxa de desistência no momento das compras
Com variadas formas de pagamento, 31% dos brasileiros preferem o pix para pagar suas compras. Cartão de crédito é destaque para gastos com alimentação e supermercado.
O final de ano é o período que mais aquece o mercado brasileiro. Presentes, confraternizações e ceias são alguns dos principais motivos que levam os consumidores às compras durante as duas datas mais importantes do último mês do ano, o Natal e Ano Novo.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), cerca de 118 milhões de pessoas deverão efetuar compras no período de fim de ano, movimentando cerca de R$66 bilhões na economia brasileira.
Com a oportunidade de alavancar as vendas, os varejistas precisam estar preparados para atender ao público com praticidade e agilidade, evitando a perda de vendas por falta de preparo. Esta preparação envolve, inclusive, os meios de pagamentos aceitos nas lojas.
“Por mais que existam inúmeras empresas que lidam com métodos de pagamentos, o mercado ainda carece de soluções completas nesse sentido. Sendo assim, algumas companhias por muitas vezes não englobam todos os meios disponíveis. Dessa forma, sem o consumidor identificar a forma de pagamento preferida, aumenta-se a taxa de desistência no checkout. Além disso, por vezes, um bom comprador é bloqueado por problemas técnicos, enquanto outro é liberado e comete uma fraude. Estima-se que 30 a 40% das operações de venda sejam negadas no comércio eletrônico, o que significa uma perda de milhões de dólares”, explica Vasco Pineda, launcher da Yuno.
No entanto, o mercado de pagamentos na América Latina ainda é muito complexo, com empresas tendo que adotar inúmeros provedores devido à baixa aceitação, índices cada vez maiores de fraudes e baixas taxas de conversão. Com o aumento de novos métodos alternativos de pagamento eletrônico, o problema se agravou ainda mais, já que é um feito quase impossível localizar e englobar todos.
Para Pineda, a solução para as dificuldades dos comerciantes está na orquestração de pagamentos que, ao utilizar um software capaz de reunir em uma única interface todos os métodos de pagamento possíveis, consegue diminuir a burocracia. “O executivo consegue habilitar diversos métodos de pagamento no checkout de sua plataforma, administrando todas as informações em uma tela só de forma efetiva e simples, sem precisar recorrer a diversos players ou negociar separadamente com cada provedor de pagamento”, aponta.
Pix conquista os brasileiros
Com mais de 523 milhões de chaves cadastradas, o Pix caiu no gosto dos brasileiros nos últimos dois anos e vem se mostrando cada vez mais consolidado como meio de pagamento no país. De acordo com pesquisa realizada em novembro pelo Instituto Locomotiva, em parceria com a MFM, o PIX é o meio de pagamento preferido para 31% dos brasileiros, sendo ainda mais citado por brasileiros em situação de inadimplência: nesse grupo, 45% citam o Pix como meio de pagamento preferido.
“Nota-se daí a importância de aceitar variadas formas de pagamento para promover a inclusão de novos públicos no mercado consumidor e aumentar o faturamento”, comenta Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva.
Cartão de crédito segue em alta
Mesmo em alta, o Pix não pode ser o único meio de pagamento observado ao falar sobre atender os variados perfis dos consumidores. Segundo dados do Banco Central, no segundo semestre de 2022 o cartão de crédito ultrapassou o de débito chegando a 4 bilhões de transações. Em relação ao terceiro trimestre de 2021, o uso do cartão de débito cresceu 250 milhões em transações, atingindo o valor de movimentações financeiras.
Ainda muito utilizado pelo brasileiro, 34% dos brasileiros consideram o cartão de crédito importante para gastos com alimentação e supermercados.
Com a variedade de meios de pagamentos disponíveis, estar atento às demandas do mercado, possibilitando que o cliente escolha como vai pagar, é uma forma de oferecer uma melhor experiência de compra, contribuindo para a fidelização e aumento do ticket médio.
Sendo um serviço de demanda constante, os supermercados precisam estar adequados a esta realidade. “As redes de supermercado podem começar investir em plataformas de orquestração de pagamentos, investir em uma solução que possibilite que o consumidor final tenha acesso ao método de pagamento que mais o agrade é a melhor escolha, já que isso aumenta as chances de efetivar uma compra e evitar desistências de última hora, ainda mais em uma realidade em que a concorrência é grande”, finaliza Pineda.