Hábitos de consumo na Copa do Mundo: delivery faz parte da estratégia para aumentar as vendas nos supermercados
Cadeia bem estruturada contribui para a fidelização de clientes. Entregas rápidas são um diferencial.
Há quase 10 dias de seu início, a Copa do Mundo segue em alta como competição esportiva mais acompanhada de 2022. Além dos bons números de audiência, o período também traz grandes expectativas para o varejo, que encontra no mundial uma oportunidade para melhorar as vendas.
De acordo com um levantamento feito pela Daki, empresa 100% digital do mercado de entregas rápidas, em dias de jogos de futebol, o aumento no número de pedidos por delivery é mais de 30% acima da média. O levantamento também aponta que o número de produtos por pedido é 10% acima da média em dias de jogos ‘importantes’, fator relacionado à tendência de reunir familiares e amigos. O pico de pedidos fica concentrado nos horários pouco antes dos jogos começarem.
“Existem várias estratégias possíveis, condições especiais para produtos estratégicos, além de investir em tecnologia, inteligência e usabilidade para direcionar o cliente dentro do aplicativo para o que ele precisa. Oferecer o necessário para que o cliente possa se planejar menos, poupar tempo e, claro, proporcionar uma boa experiência de compra. É legal ter em mente que a Copa do Mundo marca um momento valioso, que exemplifica o novo comportamento dos brasileiros. O importante aqui está em reunir a família e os amigos, torcer junto, aproveitar o momento, sem ficar preso na fila do mercado”, explica Rafael Vasto, CEO da Daki.
Rafael também destaca que além de possibilitar entregas rápidas, é importante também que o setor supermercadista esteja atento a toda a cadeia de operação, sortimento, e principalmente, a qualidade de entrega dos produtos. Fatores que contribuem para a fidelização do consumidor.
“Em nosso modelo de negócios, temos dark stores espalhadas em regiões estratégicas com todos os produtos necessários para o consumidor. Ao fazer o pedido via app, uma equipe especializada separa as mercadorias para entrega na casa do cliente. Por meio da localização do celular, o pedido é direcionado para a dark store mais próxima do cliente. Além da proximidade das lojas, a entrega rápida só é possível em função da tecnologia e de toda infraestrutura pensada para uma operação 100% digital, o processo de uma cadeia roteirizada propicia a rapidez e a assertividade”, conta.
Entrega rápidas e operação bem estruturada
Com as entregas rápidas sendo um dos principais fatores de conveniência, é necessário saber que ela é apenas parte de uma operação bem-sucedida do início ao fim. “Para o serviço de delivery funcionar, cada etapa do processo é fundamental para atingir o resultado final. O consumidor que faz compras pelo aplicativo vai por esse caminho justamente pela praticidade e por não querer enfrentar a ida ao mercado (a demora na fila, a necessidade de deslocamento, de alocação de tempo, planejamento…). No entanto, se a empresa não considera a experiência de quem fornece o produto e de quem faz entrega tanto quanto a experiência de quem recebe, o resultado final vai ser comprometido. Já pensou na quebra de expectativa em não encontrar o produto que precisa ou ter um compromisso e precisar cancelar porque as compras não chegaram?”, questiona Rafael.
Transformação digital no setor supermercadista
Com uma geração cada vez mais digital e as transformações impulsionadas pela pandemia, o delivery já é uma realidade para o varejo alimentício, mostrando-se relevante para conectar negócios e consumidores de maneira fácil e ágil.
Dados da Statista, empresa alemã especializada em dados de mercado e consumidores, durante a pandemia, foram registrados 96% novos consumidores de produtos de mercearia e a venda de itens da cesta básica pelo delivery, aumentando em 165% o número de pedidos em mercados, supermercados e atacados.
“A aceleração da transformação digital e a mudança de comportamento trazida pela pandemia atingiu muitas indústrias diferentes, e uma delas foi a de supermercados. As vendas por delivery tornaram-se uma necessidade real durante o período de isolamento social, revelando às empresas e consumidores uma realização que veio para ficar, a importância de ir além do físico. No geral, o mercado brasileiro de compras online cresceu em mais de 50% em faturamento em relação a 2020 e essa tendência, que já existia de forma mais tímida, foi ainda mais impulsionada pelas mudanças comportamentais provocadas pela pandemia. Com isso, mesmo as compras de mercado, que sempre exigiram a presença física, foram ressignificadas”, finaliza Rafael.