O impacto da confiança no varejo, no consumo, nos investimentos, na renda e no emprego
taxação de importações de produtos de baixo valor, em flagrante e iníqua concorrência com o varejo e a indústria nacionais, que não podem se beneficiar da mesma benesse promovida pelo populismo de curto prazo.
Outros temas relevantes, estruturais e estratégicos também não avançam e têm seu futuro incerto e indefinido. E tudo o que se consegue enxergar é, desde o começo, o compromisso maior com a próxima eleição e não com a nação.
Para despertar e potencializar a confiança empresarial que possa gerar investimento, renda e emprego, fatores fundamentais no desenvolvimento sustentável do Brasil, precisamos ter regras claras e transparentes, reforma administrativa que modernize o Estado, uma reforma do Judiciário, que o coloque a serviço do País e não de interesses políticos, e, principalmente, um projeto de longo prazo para a nação.
De forma cautelosa, acreditamos que nos curto e médio prazos a confiança do consumidor poderá ainda aumentar e melhorar desempenho do varejo e consumo, mas, enquanto persistir a miopia atual, a confiança empresarial não vai crescer e contribuir para o crescimento sustentável.
E permaneceremos reféns de uma equação antiga e superada no mundo moderno dependendo ainda mais da expansão e sustentação do Estado, com elevada tributação, em vez da dinâmica, iniciativas e visão do setor privado.
Vale refletir.
Marcos Gouvêa de Souza é fundador e diretor-geral da Gouvêa Ecosystem e publisher da plataforma Mercado&Consumo.
*Este texto reproduz a opinião do autor e não reflete necessariamente o posicionamento da Mercado&Consumo.
Imagem: Shutterstock
Fonte: Mercado e Consumo