ATACADO DISTRIBUIDOR GERA 308,4 BILHÕES DE REAIS EM 2021

Estudo realizado pela ABAD em parceria com a NielsenIQ apresenta o desempenho do setor no ano passado

Em meio às incertezas e o gradativo retorno das atividades econômicas no Brasil em 2021, o setor de atacado distribuidor teve um papel de destaque ao responder por 51,3% dos 601,6 bilhões de reais do mercado de bens de consumo, totalizando 308,4 bilhões de reais. Em comparação a 2020, houve um crescimento de 7% no consumo geral, que havia sido de 562,4 bilhões de reais, e 7,1% no atacado distribuidor, que há dois anos registrou 287,8 bilhões de reais. Os dados foram divulgados em estudo realizado pela Associação Brasileira de Atacado Distribuidor (ABAD) em parceria com a NielsenIQ.

Para levantamento dos números, a pesquisa levou em consideração os preços praticados em m 1.068.715 estabelecimentos, entre eles o varejo tradicional (armazém, mercadinho e outros com atendimento de balcão, com variação de 0,4% e com cobertura de 95% do atacado distribuidor; bares e restaurantes, com retração de 13,9% e 85%; farmacosméticos (com alta de 14% e 45%); e autosserviço pequeno (com 1,3% e 68%). Em relação ao setor de bares e restaurantes, o recuo foi atribuído ao período em que os estabelecimentos ficaram fechados.

Para a edição do Ranking 2022, o estudo ouviu 669 empresas, nove a mais do que na edição anterior, que juntas somam 186,6 bilhões de reais de faturamento. Geograficamente, mais da metade dos atacadistas estão presentes em apenas um Estado, no entanto, eles respondem por por 21% (39 bilhões de reais) das vendas globais da amostragem, enquanto 5% atuam em dez ou mais Estados e representam 45,2% (84 bilhões de reais) das vendas totais. Somente 12 atacadistas (2% da amostragem) oferecem cobertura nacional e contribuem com 68 bilhões de reais para o resultado, o mesmo que 36,5%.

Por regiões, o estudo mostra que empresas sediadas no Sul comercializam localmente 95,5% do total faturado; as do Sudeste concentram 93,6%; do Nordeste, 87,4%; do Centro-Oeste, 85,2%; e do Norte, 83,1%.

Dentro da análise por categorias comercializadas, alimentos se destaca sendo responsável por 40,6% do faturamento, seguido por higiene e beleza (17%); materiais de construção (7,2%); bebidas (8%); limpeza (7,9%); bazar (6,4%); outros (5,9%); medicamentos (5,5%) e eletroeletrônicos (1,5%).

Além dos resultados obtidos pelo Ranking, a NielsenIQ também realiza a pesquisa de uma cesta com 160 categorias de produtos comercializadas em mais de um milhão de estabelecimentos. O levantamento mostrou que em 2021 houve estabilidade em volume de vendas (-0,4%) e crescimento de 12,2% em valor nominal (sem descontar a inflação). No caso dos alimentos, foi detectada uma alta de 14,6% no faturamento e uma queda de 1,7% em volume, retração também provocada pelo fato de as pessoas voltarem a se alimentar fora de casa. O grupo de bebidas, por sua vez, subiu 12,4% no faturamento e praticamente manteve o volume (0,1%). Seguindo a mesma ordem de comparação, Higiene e Beleza aparece com 6% (em valor) e -0,6% (em volume), limpeza com 7,9% e -0,6%, cigarro com 12,7% e 11%, e bazar com 12,3% e 1,4%.

Perfil do varejo

O setor varejista brasileiro se caracteriza com um cenário regionalizado — que evidencia as diferenças regionais de cada consumidor — descentralizado, em expansão — enfrentando desafios para manter a distribuição e abastecimentos — e com múltiplos formatos. Dentro desse contexto, o pequeno varejo se destaca por encontrar uma maior identificação com os consumidores brasileiros.

Para o crescimento em 2022 no Nordeste, Daniel Asp, Gerente de Relacionamento com o Varejo da Nielsen Brasil, chama a atenção para dois fatores que devem influenciar. “O Nordeste é uma região bastante grande e composta por um varejo pequeno. Tirando os grandes centros, onde a gente de fato tem um varejo moderno, a gente tem uma grande influência do atacado nesse contexto para atender todas as regiões e todo esse canal tradicional de pequeno varejo, agora, como o canal vai se comportar? A gente sabe que o consumo depende de duas variáveis muito importantes: renda e emprego. E a gente viu o Nordeste, no momento, um pouco mais complicado, frente às outras regiões, isso significa que eu to dizendo que vai performar mal? Não necessariamente, mas nessa composição entre emprego e renda a gente tem que acompanhar”, aponta Asp.

Em meio aos desafios enfrentados pela região, a relação com o atacado pode ser um elemento crucial. “O que eu chamo atenção para o atacado é que ele é uma ponte extremamente importante entre a indústria e o varejista lá na ponta. Ou seja, quanto mais informações nós tivermos desse meio do caminho, entendendo como está o estoque, como está girando os produtos na ponta, para que eu possa junto com a indústria ativar esses itens que tem lá na ponta, isso provavelmente vai trazer muita vantagem competitiva. A expectativa é positiva, mas eu tenho uma preocupação um pouco maior com o nordeste dada essa relação renda/emprego”, destaca Daniel Asp.

A nível nacional, a expectativa é de que o país siga avançando, melhorando gradativamente o desempenho econômico. Para Nelson Barrizelli, Professor, consultor e pesquisador da FIA, “Com todas as dificuldades que nós tivemos, vejo o Brasil com muito otimismo nos próximos anos, independente dos problemas que a gente tem nas questões oficiais, porque na prática o país está vivendo, as pessoas estão resolvendo os seus problemas, que não são resolvidos de fora para dentro. Eu enxergo o Brasil esse ano e no ano que vem com olhos muito positivos, eu acredito que nós vamos sair dessa situação que estamos vivendo e temos um potencial enorme”, finaliza.

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