INVENTÁRIOS DE ESTOQUE IMPORTANTE SOLUÇÃO
Recentemente tivemos a oportunidade de palestrar para os associados da ACESU (Associação Cearense
de Supermercados) sobre o interessante tema, da realização de inventários assertivos para o varejo de supermercados local.
Sabemos que o inventário de estoque, no contexto da prevenção de perdas é de extrema importância, porque é somente através dele que conseguimos mensurar um dos componentes da equação das perdas, que é a perda não identificada ou perda desconhecida.
Nesse artigo, quero ir além e ressaltar também para os varejistas e as áreas de controle das perdas, outras finalidades e benefícios que uma empresa pode obter com a prática da realização dessa poderosa
ferramenta.
Na recente pesquisa da Avaliação das perdas do varejo pelo Brasil, pudemos comprovar pela análise dos dados estatísticos, que a prática do inventário, seja ele Geral ou Rotativo, vem adquirindo maturidade por parte das empresas. O intervalo de tempo em que são aplicados (anuais, semestrais, bimestrais, etc), nesse momento pouco importa. O que realmente importa é se estão sendo realizados, e
se isso ocorre com a aplicação da metodologia correta, sob o ponto de vista da coleta de dados, para a gestão eficiente dos estoques.
Então vamos lá: O primeiro ponto que agrega valor ao trabalho da prevenção, diz respeito à prática e objetiva apuração das perdas/faltas identificadas na contagem física. Esse ponto por si só já tem grande valor no trabalho de dimensionamento dos esforços e investimentos no combate às faltas do estoque. Lembrando que quanto maior for a crítica sobre as faltas, maior retorno à empresa terá desse trabalho (análise das faltas por valor, por sessão, por produtos, maior valor agregado, dos produtos mais vendidos, faltas nos PARs, etc).
O segundo ponto de destaque, no resultado de um inventário, deve ser o ajuste do estoque (físico x sistema). Considerando que toda a compra deve ter sua estimativa baseada nos números do sistema, quanto mais acurácia a empresa tiver, maior a possibilidade dela comprar assertivamente, contribuindo para eliminar duas das causas mais importantes das perdas, que são a compra de mercadorias em excesso e a ruptura de produtos.
O Terceiro ponto a ser observado, seria a possibilidade da empresa definir com mais exatidão, a sua lista de PAR (produtos de alto risco) que se traduzem naqueles produtos mais visados ao furto, extraindo essa informação da minuciosa análise dos relatórios de divergências da contagem.
Como quarto ponto dessa lista de benefícios gerados pelo inventário, quero enfatizar a questão do desenvolvimento dos indicadores de perdas, pela área de prevenção. A área se torna cada vez mais estratégica na medida que trabalha suas prioridades e ações, sobre cenários reais. De tudo o que foi colocado nesse curto texto , o que mais desejamos é que cada vez mais, as nossas empresas possam se utilizar ao máximo, dessa maravilhosa ferramenta para continuar evoluindo no combate às perdas, tão nocivas ao negócio dos supermercados.
Haroldo Ribeiro é consultor e palestrante, especialista em prevenção de perdas e gestão de estoques para o Varejo Brasileiro e sócio na Max Result Consultoria.