IPCA registra alta de 0,41% em novembro; alimentos e combustíveis influenciam o resultado
Juntos, os dois grupos – Alimentos e Bebidas e Transportes – contribuíram com cerca de 71% do IPCA de novembro.
Influenciado pelas altas dos alimentos e combustíveis, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), responsável por medir a inflação brasileira, teve alta de 0,41% em novembro. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (09), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Juntos, os dois grupos – Alimentos e Bebidas e Transportes – contribuíram com cerca de 71% do IPCA de novembro.
Apesar da alta, o IPCA ficou abaixo das projeções feitas por especialistas do mercado financeiro, que previam um crescimento de 0,45%. Além disso, o índice também ficou abaixo do resultado de outubro, que registrou 0,59%.
No ano, o IPCA acumula alta de 5,13%. Nos últimos 12 meses, o acumulado é de 5,90%, abaixo dos 6,47% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em comparação com o mês de novembro de 2021, quando a taxa havia sido de 0,95%, o índice deste ano também ficou abaixo.
Alimentos e bebidas
Entre os grupos de produtos e serviços pesquisados, Alimentos e Bebidas tiveram crescimento de 0,53%, influenciado pelos alimentos para consumo no domicílio (0,58%).
As maiores variações vieram da cebola (23,02%) e do tomate (15,71%), cujos preços já haviam subido em outubro (9,31% e 17,63%, respectivamente). Além disso, houve alta nos preços das frutas (2,91%) e do arroz (1,46%). Houve recuo nos preços do frango em pedaços (-1,75%) e do queijo (-1,38%).
Combustíveis
A alta no grupo de Transportes foi puxada pelos combustíveis (3,29%), que haviam recuado 1,27% em outubro. Os preços do etanol (7,57%), da gasolina (2,99%) e do óleo diesel (0,11%) subiram em novembro.
A exceção foi o gás veicular, com queda de 1,77%. A gasolina teve o maior impacto individual no índice do mês (0,14 p.p.).
Além dos combustíveis, destacam-se as altas de emplacamento e licença (1,72%), automóvel novo (0,50%) e seguro voluntário de veículo (0,97%), que contribuíram conjuntamente com 0,07 p.p.
No lado das quedas, os preços das passagens aéreas recuaram 9,80%, após as altas de 8,22% em setembro e 27,38% em outubro.
Outros grupos
Além dos grupos de Transportes e Alimentos e Bebidas, outros cinco grupos, dos nove pesquisados, apresentaram alta em novembro.
A maior variação ficou com o grupo de Vestuário (1,10%), cujo resultado ficou acima de 1% pelo quarto mês consecutivo. O grupo Saúde e cuidados pessoais (0,02%) desacelerou em relação a outubro (1,16%) e ficou próximo da estabilidade.
Já Habitação (0,51%) superou o mês anterior (0,34%). Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,68% em Artigos de residência e a alta de 0,21% em Despesas Pessoais.
PIB e Inflação
Em dados divulgados na última segunda-feira (05), o Banco Central elevou para 3,05% a previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022.
Já a inflação passou de 5,91%, na última semana, para 5,92%. A porcentagem representa a sexta alta seguida do indicador.
O IPCA precisa registrar deflação de 0,13% em dezembro para terminar 2022 dentro da meta.