Mercado eleva previsão de crescimento do PIB em 2022 e prevê inflação em 5,92%
Dados foram divulgados nesta segunda-feira no relatório Focus.
Especialistas do mercado financeiro elevaram para 3,05% a previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (05) pelo Banco Central (BC) por meio do relatório Focus.
Responsável por medir a evolução da economia, o PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos do país. O último relatório havia previsto o índice em 2,81%.
A nova estimativa foi influenciada pelos últimos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a respeito do crescimento do PIB no último trimestre deste ano. De acordo com informações divulgadas na última quinta-feira (01), houve avanço de 0,4% em comparação com os três meses anteriores. Este foi o quinto trimestre consecutivo de alta para a economia brasileira.
Para 2023, o Banco Central apontou uma variação de 0,75% para o crescimento da economia, frente aos 0,70% do último relatório divulgado pela instituição.
Inflação
Já a inflação, medida tendo como base o Índice de Preço Amplo ao Consumidor (IPCA), passou de 5,91%, na última semana, para 5,92%. A porcentagem representa a sexta alta seguida do indicador.
Com meta de inflação definida em 3,5% pelo Conselho Nacional Monetário (CNM), O Banco Central aponta a possibilidade de estourar o teto previsto para cumprir a meta inflacionária, que para ser cumprida pode oscilar entre 2% e 5%. No entanto, o BC já afirmou que há 7% de chance da inflação ficar dentro da meta instituída.
Vale destacar a influência direta da inflação no poder de compra dos brasileiros, uma vez que, com os preços mais altos e o salário sem acompanhar os valores, a população tem a tendência de comprar menos.
A realidade contribui para uma baixa na expectativa dos negócios em relação às vendas. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice de Confiança do Comércio (Icom) teve queda de 10,8 pontos e chegou a 87,2 pontos na comparação entre novembro e outubro. O resultado representa o menor patamar do índice desde abril deste ano, quando ficou em 85,2.
Taxa Selic
Para atingir a meta de inflação, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumenta ou diminui a taxa básica de juros, a Selic.
O valor da Taxa Selic permaneceu estável na comparação entre a semana anterior e esta semana. O percentual de 13,75% ao ano é o maior dos últimos seis anos.
Para 2023, o relatório Focus aponta a Selic de 11,75%. Na última semana a previsão havia sido de 11,50%.
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